Incentivo para desvendar o universo das letras; programa estimula leitura

 Programas de incentivo à leitura da Secretaria de Educação, como “Caminhos da Escrita”, “Leitura vai, escrita vem” e “Projeto Trilhas”, têm ajudado milhares de alunos da rede municipal a ingressar no mundo mágico das palavras. Esse passeio que dá asas à imaginação é reforçado com a Feira Literária de São Bernardo do Campo (Felisb). A edição deste ano teve um diferencial: aconteceu simultaneamente nas 178 unidades escolares (Infantil, Fundamental, EJA, profissionalizantes e de complementação educacional). A rede conta com 80 mil alunos. A exemplo das duas primeiras edições, a de 2015 reuniu cerca de 10 mil pessoas. Equipes gestoras e professores da rede municipal e público em geral tiveram a oportunidade de usufruir de formações nas diferentes áreas do conhecimento. A rede escolar possui 670 mil exemplares para empréstimo aos alunos. Nesta edição participaram da Feira 28 editoras. Além do fomento à leitura, a iniciativa da Prefeitura visa a renovação do acervo escolar e a promoção dos espaços/iniciativas leitoras das escolas e dos territórios.A estudante Victória Gabrielle Diniz Aguiar, 11 anos, da EMEB Pedro Augusto Gomes Cardim, no Bairro Assunção, se considera uma “apaixonada” pela leitura. A menina conta que a família gastou R$ 400 em livros para ela na edição anterior da Feira, em 2013. Ela lê em média quatro livros por mês, e diz que criou o hábito da leitura com a ajuda da família. “Minha mãe e meu irmão mais velho sempre liam para mim quando eu era mais nova. A leitura nos faz conhecer um mundo que a gente sequer imagina que exista. Mas prefiro livros de ficção e aventura. O mundo já é cheio de problemas. E livro é para a gente se divertir.” Reforço importante – As bibliotecas interativas, presentes em 109 escolas da rede municipal, representam outra ação de incentivo à leitura. Os espaços têm esse nome justamente porque neles a construção do conhecimento se dá de forma interativa, entre alunos e professores. A informação chega por meio de diversas fontes, seja pela contação de histórias ou reunião de alunos para leitura e pesquisas que reforçam o conteúdo de sala de aula, como a forma correta da escrita e significado das palavras. Na convivência interativa, a leitura contribui para que o aluno tenha atitude reflexiva e crítica em relação aos textos lidos, bem como a socialização de suas impressões por meio de argumentações, escritas ou orais, que justifiquem as escolhas e preferências, tanto em relação aos gêneros, autores e assuntos quanto aos modos de ler (em grupo, em casa ou na biblioteca). Os alunos podem retirar livros semanalmente por empréstimo. Em alguns bairros, a comunidade também faz uso das bibliotecas interativas. Para a professora Elaine Galluci Falcão, 36 anos, esses espaços são essenciais no aprendizado, porque muitos pais não têm condições ou tempo para levar os filhos às bibliotecas da rede municipal. A aluna Nicolly Rodrigues dos Santos, 9 anos, é frequentadora assídua da biblioteca interativa da EMEB Pedro Augusto Gomes Cardim: “A biblioteca ajuda muito nos estudos. Se não existisse, ficaria mais difícil fazer pesquisas. Se você tem um dicionário à disposição, por exemplo, fica mais fácil para aprender coisas novas. Ao ler, imagino que estou dentro da história”, diz Nicolly, moradora do Bairro Assunção 

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