São tempos sombrios, dada a incompetência congênita de gerir o próprio destino na ideologia, economia e cultura, notadamente na tecnologia. O servilismo vem de longe, das nossas origens: ferozes aventureiros europeus invadiram um continente de gentio decadente e nível civilizatório neolítico.Chocou-se, atônito e na boca de bacamartes, com os ditames da Idade das Trevas, sob a Inquisição, até fins do Século XIX. Outras tiranias surgiram e prosperaram após, sempre sob o manto de belas ideias divinizantes, salvacionistas e messiânicas. O povo acostumou-se a crer em tais bizarrices e adorá-las.Hoje, a dependência dá-se em níveis não tão esotéricos, todavia definitivamente pragmáticos, através da tecnologia. Exemplo: você entra num “fast food” da vida, engole uma tranqueira qualquer e paga com o cartão magnético.Os dados vão, em milésimos de segundo, para provedores e centros de controle situados em algum país que deu certo, como os USA, sendo confirmados. O boteco mosca-frita emite o recibo e você volta para sua correria. O sistema cibernético brasileiro funciona assim, incluindo o financeiro e o de segurança nacional.Se um gringo maluco apertasse um botão errado e nos desligasse (vejam o caso “Whatsapp”) voltaríamos à Idade da Pedra. Mas, como cada um adora o bezerro de ouro que merece, não virá nenhum Moisés para rasgar o Mar Vermelho. Certo, ex-ministro Levy?
Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.