Editorial – O nome da coisa

Por estes Brasis varonis no bico do urubu, chega glorioso e faustoso mais um recesso parlamentar. O povo é bicho besta: paga caro pra caramba pros cafuringas não fazerem nada senão trambiques durante o ano e, ainda, para que tenham estimulantes férias de verão. Que maravilha! Que país abençoado pelo Capiroto e suas hostes! Enquanto economia, saúde, educação, segurança, infraestrutura e desenvolvimento trumbicam-se desastradamente ladeira abaixo, a casta política frui e usufrui de privilégios nababescos num país miserável, atrasado, perdulário e movido a bunda e futebol, manguaça e deboche, características de nível civilizatório senão decadente – por não poder cair mais – certamente deprimente. Exemplos? O governo Dilma, para tapar os buracos dos desmandos eleitoreiros de 2014, cortou, no ensino, dez bilhões de reais no orçamento e não vimos nenhum heroico moçoilo ou saltitante moçoila trotskistas quebrando tudo nas ruas. Mas, aí estão, parando o trânsito e ferrando milhares de paulistas, diariamente, contra uma reforma estrutural do ensino que pretendia enfrentar as mazelas causadas pela incompetência federal. E, totalitários, dizem que “lutam contra uma ditadura”! Bom, se seus mentores, o governo do PT e base alugada, chamam a cobrança legítima de responsabilidades de sua cabeça de área, a Dilma, de golpe, está explicado.  Tudo isso tem um nome: canalhocracia!