Até bispo entra em cena na discussão do PME em S. Bernardo

  A última sessão da Câmara de São Bernardo hoje será marcada por tensão e acirramento nos bastidores e nas galerias. Um dos itens em pauta é o PME ( Plano Municipal de Educação). Mesmo sem apresentar em seu teor a propagada questão de gênero, o tema tem causado polêmica. Até o bispo diocesano de Santo André entrou no debate. Dom Pedro Cipollini gravou um vídeo que rapidamente repercutiu na rede social. “Vamos torcer para que não entre nesse plano a ideologia de gênero que não corrobora com o crescimento do ser humano. Discriminação e homofobia não! A igreja é a favor dos direitos humanos. Vamos dizer não a essa discussão de gênero”, disse o líder católico. Polêmica Além desse vídeo, outra gravação que chama a atenção foi feita pelo vereador Rafael Demarchi (PSD). O parlamentar diz que se o plano for aprovado, sem emendas, “o seu filho e sua filha utilizarão o mesmo banheiro”. Pastores e outras lideranças religiosas também fizeram questão de criticar a proposta chamando os moradores ao plenário hoje para acompanharem a sessão e dizer “não” ao projeto. Segurança Diante da repercussão que ganhou o expediente, o presidente da Câmara, José Luiz Ferrarezi (PT), fez uma reunião emergencial com a Guarda Municipal e a Polícia Militar na tarde de ontem para reforçar o esquema de segurança tendo em vista que cabem apenas 280 pessoas sentadas nas galerias da Casa.  Veja…O prefeito Luiz Marinho (PT) também reforçou a articulação governista. Hoje, antes da sessão, o petista ainda vai ter o último diálogo com os “companheiros” pra definir a estratégia para encaminhar a Ordem do Dia. Marinho tem dito que o plano não faz menção à ideologia de gênero, mas que não aceitará nenhuma emenda que “proíba” a discussão, como querem os opositores e integrantes do G9. … bemSegundo informações do Legislativo, o primeiro item do expediente será a “obrigatoriedade” da discussão do veto do prefeito ao projeto de iniciativa do vereador Palhinha (PTdoB). Para entrar em regime urgência, o PME precisa da assinar de, no mínimo, 15 dos 28 vereadores. Além disso, o tema não poderá ser discutido – fato que ocorreu na semana passada. Sendo assim, quando ganhar o holofote, o PME terá de ser votado. Só depois da apreciação, os pares poderão justificar o sufrágio.