O projeto de reforma educacional paulista tem pé e cabeça. É extremamente antipedagógico pôr crianças com adolescentes no mesmo espaço. No nível de “civilidade estudantil” atual é, inclusive, muito perigoso. Igualmente, a racionalização dos espaços extinguindo algumas unidades vacantes faz-se necessária tanto por razões de otimização administrativa, quanto devido economia de recursos.Mas, faltou-lhe certo jogo de cintura. Um erro foi não ter divulgado amplamente o projeto, por razões óbvias: os partidos fundamentalistas, cujas ideias só prosperam no caos e que controlam a militância estudantil e a APEOSP, agiriam iniciando distúrbios do mesmo modo pois, como é de praxe, com eles não há diálogo.Outro, mais grave, é jogar a PM para desentupir praças e avenidas. Desse-lhe apenas a função de proteger a integridade dos cidadãos, o patrimônio público e privado e a própria população manifestaria, com ainda mais veemência que agora, o repúdio às ações prejudiciais à sua infinita maioria pela violação neta do Art. 5º, inciso XV da Constituição: o direito de ir e vir.Ao contrário, reagindo com a remoção pela força dos militantes radicais, Alckmin propicia e alimenta as teses daqueles partidos sobre a violência policial, que visam a extinção da nossa última barreira contra o crime. De qualquer forma “sairiam no lucro” e, o governo, prejudicado em época eleitoral… Certo?
Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.