Editorial

Editorial – Intragável, indigesto e insuportável

 Por dever de ofício, ontem tentamos seguir os debates das “nobilissíssimas” excelências, os deputados, na Comissão de Ética da Câmara sobre a procedência ou não do processo contra Eduardo Cunha (PMDB)… Por exemplo, o deputado Wellington Roberto (PR) ocupou cerca de uma hora para, na primeira parte do pronunciamento, justificar-se extemporaneamente de “ter sido”(sic!) envolvido na CPI dos Sanguessugas, de 2010, e na outra metade para ler em primeira mão, gaguejando mal e porcamente, texto elaborado por assessores, apresentando voto em separado. Intragável! Se pretendia defender Cunha, fez ponte do nada para lugar nenhum. O tema é juridicamente claro: há indícios para aceitar o processo da cassação de Cunha? Sob os holofotes, o que ouvimos foi sua transformação num treco indigesto, como sempre ocorre, com posturas meramente performáticas caracterizadas tanto pela autopromoção quanto pela incompetência jurídica, salvo raríssimas exceções. Num dos momentos mais graves da história republicana, o desfile de nulidades impressiona. Citamos, dia 13/11, o Barão de Itararé, lá por 1.920: “Se há um idiota no poder é porque os que o elegeram estão bem representados”, exemplo válido para todos os parlamentos e o eleitorado. É insuportável, sob todos os pontos de vista, a mediocridade imperante dentre os políticos caboclos. A decisão, claro, foi adiada! 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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