“Nossos serviços são melhores que os deles”, compara Pinheiro

 Prefeito de São Caetano e pré-candidato a reeleição em 2016, Paulo Pinheiro (PMDB) demonstrou em entrevista ao REPÓRTER que vai utilizar a estratégia da comparação entre gestões para o duelo contra o PSDB nas urnas, partido que tem hoje o seu antecessor José Auricchio Júnior. Segundo o peemedebista, apesar das dificuldades enfrentadas nos dois primeiros anos por “conta da dívida herdada”, o governo vive “o melhor momento em 2015”. “A população já reconhece os avanços nos principais serviços como saúde, educação e segurança”, disse. Ao projetar o cenário eleitoral, Pinheiro diz que na política “não se pode achar”, mas que o tom da oposição possibilita a previsão de um pleito “tumultuado” por “inverdades”. REPÓRTER: Qual a avaliação deste terceiro ano de mandato?PINHEIRO: Os dois primeiros anos foram de muita dificuldade por conta da dívida que herdamos. Esse ano deu uma melhorada. A cidade está toda limpa e arrumada com os serviços prestados efetivamente e reconhecidos pela população. REPÓRTER: Qual o impacto efetivo dessa dívida no cotidiano do Executivo?PINHEIRO: É só imaginar esse valor para ser investido na cidade. Quantos medicamentos? Quantos aparelhos? Tudo com este R$ 158 milhões que nós já pagamos referente à dívida que é de quase R$ 280 milhões . Foi um dinheiro que eu tive de pagar e não pude utilizá-lo para investir. Mesmo assim os índices na saúde, educação e segurança mostram que a população nos apoia nessas ações. REPÓRTER: A crise econômica prejudicou o cronograma de obras?PINHEIRO:  Alguns pleitos emperraram no repasse por conta do momento econômico nacional.  Sofremos com algumas situações nessa contenção. Mas, os equipamentos esportivos da cidade, por exemplo, pensando nas Olimpíadas do próximo ano, serão prioridades e receberam investimentos do governo federal com toda certeza. REPÓRTER: E o viaduto Independência. Tem perspectiva depois das conversas feitas em Brasília com o ministro Kassab?PINHEIRO: Eu conversei com o Kassab e ele pediu aos assessores para providenciar o financiamento que será pago por nós. Eles vão ver a melhor forma de facilitar isso. Porque o viaduto realmente precisa de toda a atenção. Mas ainda não tem prazo estabelecido. REPÓRTER: A queda na arrecadação especialmente devido ao menor repasse da GM já foi sentida no orçamento ou será mais a partir de 2016?PINHEIRO: Já foi detectada esse ano. Em 2015 perdemos quase R$ 3 milhões. Para 2016, teremos R$ 15 milhões a menos, segundo a Fazenda. Dará dor de cabeça a nós gestores que teremos de ter muita criatividade para gerir com menos verba no orçamento e a população não sentir esse efeito. REPÓRTER: Qual será a prioridade para esta reta final de gestão?PINHEIRO: Aumentou a procura por vagas nas escolas, por isso, vamos construir outra unidade e oferecer as salas de aula necessárias. REPÓRTER: A eleição de 2016 será mais ‘tranquila’ que a de 2012 no tom do debate?PINHEIRO: Vai ser tumultuada do mesmo jeito porque esse é o perfil da oposição. Eles dizem que os serviços não estão bons, mas estão melhores do que no período deles. A realidade esta aí. Enquanto outras cidades diminuem horário de atendimento, nós ampliamos com o terceiro turno, mutirões e outras ações que deixaram o atendimento mais rápido. REPÓRTER: Será um debate de desconstrução?PINHEIRO: A população está vendo que o que eles dizem não é verdade. Na eleição passada disseram que eu era nordestino e ia voltar para a Bahia de jegue.  Isso é só denegrir a imagem. REPÓRTER: Corre o risco de ter uma eleição definida na justiça?PINHEIRO: A população terá o seu entendimento independentemente da questão judicial. REPÓRTER: Será uma eleição polarizada entre PSDB e o atual Governo?PINHEIRO: Por enquanto tudo é achar e na política não vale achar.