Não se ouviu dos políticos regionais um comentário sequer sobre mais um escândalo na conturbada trajetória do PT. A cada ocorrência, outra se sucede. E não são, como querem cuidadosamente alguns, meras suposições. Prima, na Operação Lava Jato, pressuposições de princípios como a materialidade do delito e a consistência das provas.Delcídio Amaral é mero exemplo. Teria dito o ministro Teori Zavascki que, nesse processo, puxa-se uma pena e sai junto uma galinha. O outro, Luís Fachin, deu parecer favorável ao mandato de segurança de alguns senadores para que a confirmação da prisão do indigitado fosse com voto aberto e não secreto, como queria o PT. As galinhas assustadas confirmaram a validade por si mesmas.Diziam, no sertão, que lidando com coisas ruins, há que cercar com muito cuidado. O caso Celso Daniel que o diga. A Polícia Federal, a Promotoria e o Tribunal assim estão agindo. Dias atrás o juiz Sérgio Moro disse ter a sensação de pregar no deserto, ante a pressão política decorrente da ação do Executivo e do Legislativo, a obliquidade do Judiciário e fragilidade do apoio popular. Os últimos entenderam a mensagem, exceto o apoio popular. É a primeira vez, desde sua criação em 1824, que o Senado confirma a prisão de um senador no exercício do mandato. Poderá ser mais uma chance de passar o Brasil a limpo, ou seria apenas hábil manobra para manter aparências?
Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.