Política

'Tarcisio é o mais preparado para defender nosso legado', diz Marinho

   Em entrevista ao REPÓRTER, o prefeito Luiz Marinho (PT) revela o motivo da escolha do secretário de Serviços Urbanos, Tarcisio Secoli, para encabeçar a chapa petista na sucessão eleitoral de São Bernardo em 2016. O comandante do Paço fala ainda sobre o cenário econômico e outros temas pontuais. REPÓRTER: Por que a escolha do Tarcisio para a sua sucessão?Marinho: Você pode ter um deputado candidato a prefeito, mas você perde uma cadeira da região. Foi no sentido de construir uma nova liderança para fortalecer o time. É preciso novas lideranças. Creio que quem está inserido na máquina, nas duas gestões, fortemente nos programas e obras é o Tarcísio o nome para defender este legado. A opção foi manter preservado o mandato na Alesp (com o Luiz Fernando Teixeira) e também defender o nosso legado.  O Luiz nunca disse que queria ser. Ele sempre disse que era liderado por mim e que seguiria a decisão. E o Luiz terá papel de coordenador, junto no processo. REPÓRTER: O Tarcisio em 2016 passará pelo mesmo processo que o senhor passou em 2008?Marinho: São situações diferentes. 2008 eu era desconhecido na cidade. Em maio de 2008, eu tinha 3% de intenção de voto, mas acreditava no potencial da candidatura. O Tarcisio vai estar em vantagem de conhecimento em relação a mim em 2008. Nós não tínhamos um prefeito (do PT) na cadeira mostrando o que foi feito e o que pode continuar a ser feito. Nosso governo será avaliado. Quem acha que estou mal vai votar no Orlando ou no Alex.REPÓRTER: O senhor acredita numa polarização para 2016? Se sim, entre quais nomes?Marinho: É muito cedo. Vamos aguardar as definições. Por que tem partido que anuncia uma coisa hoje e lá em março será outra coisa. Escreva isso vai acontecer. Não sei se é traição, mas tem partido que anuncia uma coisa agora e depois vai mudar. Nós temos todas as condições de seguir por conta da aprovação e do reconhecimento do governo. REPÓRTER: E a rejeição do PT?Marinho: Eu até brinco com amigos dizendo que eu sei que eles não gostam do PT, mas não quero filiar ninguém no PT e sim discutir o que foi feito pela cidade. O eleitor quer saber do buraco na rua, da escola, da saúde, e isso nós trabalhamos muito. REPÓRTER: O cenário econômico estará melhor já em 2016?Marinho: O impacto da economia global bate pesado na economia regional. Em momento de dificuldade, a economia do ABC é a primeira a sofrer e costumeiramente a primeira a retomar o crescimento. Tenho conversado com muitos empresários e há uma expectativa que em 2016, lá para abril ou maio, as coisas comecem a retomar. Dentro desse processo trabalhamos para dar continuidade. Todo mundo chorando e nós estamos dando início a novas obras e dando andamento às já iniciadas. REPÓRTER: O Museu do Trabalhador é o único entrave?Marinho: Preciso pegar os ministros que lá passaram (desde a Marta) e falar que sapo que enterram no contrato. Eu tenho dinheiro depositado e não consigo retomar a obra por não aprovarem o plano de trabalho. É problema de falta de comando do ministério. REPÓRTER: O senhor acredita em polêmica na discussão de gênero no Plano Municipal de Educação? Marinho: Inventaram um debate falso. O Plano a rigor tem que seguir o que está na lei federal e esse debate foi inventado. Não vai entrar nada que diz respeito a isso. Mas vou vetar também se colocar é proibido isso ou aquilo. Não está proibido. Não diz que terá e nem que não terá. Acabei de vetar o projeto de lei escola sem partido, Isso não existe. Na minha caneta isso não vai sair.

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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