Editorial

Editorial – Os bois e a cangalha

 As manifestações contra um governo falido do dia 15 – eivadas de protestos contra o regime – foram pífias. Parecem, muito, com o foguete do Programa Espacial Brasileiro que tentaram lançar da base de Alcântara, no dia 13/11: mais uma vez falhou, deu chabu. A inércia e omissão gerais justificam-se pelo cansaço e enjoo de sempre mais do mesmo e a ausência explícita de oposições competentes e articuladas e, consequentemente, da inexistência de líderes autênticos e propostas viáveis. Seguimos perdidos no tempo e no espaço. Na boca de eleições minoritárias, todavia, prosperam e pululam no atacado e no varejo figurinhas e figuraças com farta coleção de abobrinhas e papos-de-aranha, a maioria inverossímeis, mas, parece que o povo gosta é da suruba política, mesmo! Muitos serão eleitos como vereadores ou prefeitos, por estes Brasis varonis, perpetuando a sistemática do “me engana que eu gosto e pago as contas”. Na busca de holofotes para garantirem seu lugar às fartas tetas públicas, raríssimos estão de fato preocupados seja com as cidades, seja com sua gente e menos ainda com o seu futuro, como é tradição nacional. Neste cenário, um candidato à vereança que proponha cortar em 50% o número de legisladores e seus salários e benesses, invés de receber aplausos e justificado apoio, é tido como exótico ET. Como se dizia no sertão, os bois se acostumam com a cangalha…

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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