Crianças, a partir de certa idade, começam não só a imitar, mas, a fantasiar os comportamentos que a cercam. No mundo da fantasia são sempre os heróis, os vencedores, as personagens mais elogiáveis e desejáveis e formidáveis que o mundo já viu ou verá. Que não coincidam com a vida verdadeira, não importa: a fantasia de cada um a ele pertence, alenta e alimenta a autoestima e o amor próprio.Um país, estado ou cidade habitados e governados por imaturos – para dizer o mínimo – estão, porém, ferrados! Resolvem magistralmente todos os problemas numa catarse onanista em reuniões, grupos de trabalho, consórcios e outras formas exóticas de projeções de egos hiperplásicos apoiados por parasitas peculiares ao fenômeno.Porém, como raramente tais delírios são executáveis por trombarem com a realidade, o desastre da improvisação é certo. Nas ilhas da fantasia não há país que prospere. Vejam bem: não falamos de “malvados” convictos, capazes de fazerem o diabo para terem o poder; estamos, bondosamente, nos reportando a fantasistas, a quem o nobre deputado Tiririca tão apropriadamente catalogou de abestados. Conhece algum?Falamos dos que fantasiam mudar tudo, o mundo para melhor, depor tiranias e punir criminosos, sem jamais levar adiante qualquer iniciativa e participação. São mais perigosos, todavia, que os “malvados” acima citados: sua inércia os conduz à escravidão…
Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.