Editorial – A bola da vez

Depois de arrombamentos noturnos a comércios e clínica há um mês, assalto com dinamite e fuzis de guerra no Atende Fácil na segunda-feira num perímetro de 300m da delegacia e da flamante sede do GARRA, tivemos o ataque no melhor estilo guerrilheiro, na quarta-feira, ao HSBC da Visconde de Inhaúma, com as mesmas consequências: ninguém foi preso. Cidadãos são ameaçados e agredidos pelos donos das biqueiras em praça pública, a cem metros da Câmara Municipal e pelas mesmas razões: inexiste policiamento preventivo e ostensivo permanentes em São Caetano. A cidade torna-se playground para a bandidagem extremamente perigosa por não constar – até agora – da “mancha do crime” avaliada pela Secretaria de Segurança paulista, responsável pelo planejamento estratégico e manejo de efetivos policiais no estado. As GCMs fazem o que podem e quando podem até heroicamente, porém, não são forças material e tecnicamente aptas a enfrentarem o crime e agirem com eficiência na prevenção, menos ainda na contenção e investigação.Municipalizar sub-repticiamente a segurança pública no estado sem dar-lhe recursos e poder de decisão e atribuir-lhe funções específicas das polícias Civil e Militar é comodismo intolerável da Secretaria e, dada a ausência de iniciativas e atitudes dos pomposos CONSEGs, nós e os prefeitos pagamos o pato, como tantas vezes alertamos. Resultado? Somos a bola da vez!