Editorial – Reflexos e complexos

 A região do Grande ABC, vira e mexe, vira notícia ruim na imprensa local, nacional e até internacional graças às presepadas, lambanças e estultícia não só de personagens insólitas que por aqui surgem e prosperam, mas, de seus seguidores, idólatras e parasitas. Têm razão os que afirmam ser um território decadente, acompanhando a inevitável degradação urbana causada pela incapacidade de adequar a indústria de transformação – de moldes ultrapassados – aos avanços tecnológicos notáveis de nossa era. Sem significância no setor primário, manifesta no terciário o mesmo improviso e atraso revelado no secundário e, como a política reflete os níveis cultural e de eficácia da economia, o jogo pelo poder se revela não na comparação de projetos viáveis, porém, em manobras e conchavos rasteiros, cujas consequências retroalimentam e retratam a decadência e degradação, acima citadas. Tais reflexos configuram, explicitamente, o famoso “complexo de vira-latas” oportunamente lavrado pelo ex-presidente Lula, numa de suas diatribes corretas mesmo que por motivos equivocados. É o que ocorre quando o rabo abana o cachorro, ou o poste nele mija, gerando as tais notícias ruins. Tudo que o país não precisa, nesta crise anunciada, é de luta pelo poder: precisamos de projetos, iniciativas e ações de conquista de mercados. Havendo competência, ressurgirão as oportunidades. É por aí…