Em setembro, a quantidade de consumidores com contas atrasadas teve crescimento de 5,45%, quando comparado com o mesmo mês de 2014. Até o final de setembro, segundo o indicador de inadimplência do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), o total de brasileiros devedores era de 57 milhões, ou 38,9% da população adulta do Brasil.De acordo com Michel Stamatopoulos, advogado e diretor da 1ª Câmara de Arbitragem de São Caetano Jurídico do Brasil, a tendência de alta na inadimplência traz uma perspectiva pessimista para 2016. “A partir do momento que há aumento de desemprego, que atinge o setor imobiliário, a construção civil, com queda nas vendas de imóveis, com boa parte de reintegração de posse dos agentes financeiros pela inadimplência, a tendência não é nada boa para 2016”, estima o advogado. PRÓXIMOS PASSOSEntre os apontamentos de Stamatopoulos, estão os próximos passos da inadimplência. “Entre 12 e 14% de população não consegue pagar a conta de luz e a sequência da inadimplência começa com a suspensão da compra de supérfluos, depois a alternativa de marcas de segunda linha, o próximo passo é não pagar cartão de crédito, financiamento bancário, depois automóvel e imóvel”, elenca ele.
