A autonomia de São Caetano, já no 67º aniversário, deu-se tanto por um momento histórico propício à democracia, no pós-guerra, quanto devido à motivação e ação incisiva de líderes natos. Basta estudar-lhes as biografias. Contra eles estiveram figuras que a História condenou ao olvido. Lideranças positivas não se inventam e não prosperam sem características como descortino histórico, senso de realidade, sabedoria, desprendimento e abnegação, alicerçadas em dom, talento e experiência. É o caminho mais difícil. Iludir, enganar e excitar os mais primitivos instintos e interesses populares em detrimento do povo é o caminho mais fácil, às negativas.São Caetano também garantiu sua independência e autonomia graças à união empresarial em torno de objetivos simples: prosperar gerando empregos, receitas e renda. A Associação Comercial e Industrial teve momentos notáveis, refletindo o elã dos autonomistas e as melhores tendências de construção dos destinos da economia local e regional através de ações decisivas, justificando sua razão de ser.Todavia, a atualidade reflete o panorama nacional e mais além, no qual há dramática carência de líderes positivos e abundância de negativos: o custo é proibitivo, como estamos verificando. Cabe resgatar tanto o espírito libertário dos autonomistas, quanto o empreendedor das classes produtivas, para que a cidade mantenha sua razão de ser.
Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.