Vimos na mídia e nas redes sociais, desde a terça-feira 13(sic!), expressões espantadas devido à decisão do Supremo Tribunal Federal engessando o processo de impeachment da presidente Dilma. Mas, não é surpresa: decisões desse naipe são caçapa cantada desde os tempos do Mensalão, pois para tal foram escolhidos a dedo os ministros nos últimos dez anos: proteger e defender – mesmo que distorcendo fatos e leis – os representantes do sistema. Venezuela, Equador, Bolívia e Argentina são exemplos imediatos do esquema. Tudo em nome da democracia. Como nestes brasis impossíveis e antropofágicos o ridículo anda de par com o grotesco, a figura-chave para o desfecho das esbórnias governamentais é, também, suspeito de falcatruas. Eduardo Cunha está igualmente com a corda da Lava-Jato no pescoço. Se “derruba” Dilma, será derrubado no dia seguinte, afirmou. É o roto trombando com o rasgado. As traquinadas de menos de mil pessoas (Congresso e STF) definirão o destino de mais de 200 milhões. Como a questão é a permanência no poder a qualquer custo dos primeiros, nada surgirá de benéfico para os segundos.Mesmo com o país estruturalmente sucateado não há o tal “povo” nas ruas, única coisa da qual políticos safados têm medo. Não havendo oposições e líderes com propostas coerentes e consistentes, o cultivo do caos favorece os ímprobos, como sempre. Quem cala, consente. Certo?
Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.