Editorial – Erros e acertos

O REPÓRTER erra, já afirmamos. Mas pouco, em limites toleráveis. Ao afirmamos no meio do ano passado que a FIFA era uma quadrilha e sua Copa do Mundo um estelionato e que após essa falcatrua e as eleições cibernéticas as contas chegariam, não foi por uso de bola de cristal: ouvimos as opiniões de especialistas e da parte sadia das ruas. Quando afirmamos, em 2012, a vantagem de Paulo Pinheiro sobre Regina Maura na preferência eleitoral, igualmente. Ao afirmarmos que José Aurícchio cometera ilícitos fiscais deixando dívida significativa ao sucessor, baseamo-nos em provas indiscutíveis. Deu no que deu! Dá-se o mesmo ao afirmarmos que, para partidos mequetrefes e personagens deprimentes se um prefeito, qualquer prefeito, não faz leva pau (óbvio!) e se faz leva pancada, ato próprio da natureza de embusteiros. É fim de ano político e vésperas de ano eleitoral num momento gravíssimo da vida republicana nacional. Enquanto mercadores de candidatura surgem como imaculadas vestais em insólitas pesquisas virtuais, grupos fundamentalistas (adoram o Estado Islâmico, a saber) acusam um prefeito de “propaganda eleitoral antecipada” por ele informar o que sua gestão realiza, o que é obrigatório. Se não informa apanha, se informa leva porrada? Haja!Não podemos errar na próxima escolha eleitoral, para o fim de tais sacanagens. O futuro da cidade e do país depende de nosso acerto.