A polêmica sobre o Uber, trambique de empresa multinacional que permite a motoristas clandestinos transportarem passageiros sem pagamento de impostos, fiscalização de competência e estado dos veículos, é tão fajuta quanto a empresa que sustenta a plataforma e aufere lucros transgredindo tanto a legislação do trânsito, quanto os direitos dos profissionais idôneos, legalizados. Nem haveria que discutir: é ilegal e acabou-se!Mas, num país onde mamar em algum úbere ou teta municipal, estadual e federal é vício congênito e epidêmico, políticos ávidos por votos e benesses – principalmente financeiras – saíram tanto em defesa da irregularidade, quanto do legalmente indefensável. Criam, como o prefeito paulistano especialista em truques midiáticos, brechas para favorecer iniquidades. Aqui, no “País das Maravilhas”, a lei não é só violada: é deliberadamente estuprada.Resta, aos taxistas honestos, reagirem no campo dos trambiqueiros: atualizarem-se rapidamente criando aplicativos e sistemas aptos a concorrer com a máfia internacional clandestina e não abrirem mão da luta pelo cumprimento da legislação vigente que, se não valer para todos, não valerá para ninguém.A vaca republicana está indo pro brejo exatamente devido a tantos espertalhões (para não sair logo no palavrão) nacionais e internacionais grudados em seus outrora generosos úberes. Está exaurida, enclenque, definhando.
Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.