Editorial

Editorial – Reformas e omissão

 Suponhamos que alguém contrate pessoas para cuidar de sua casa, mesmo sendo avisado que não são confiáveis. Paga bem, mas, esquece que “o que engorda a porcada é o olho do dono”, não supervisionando e questionando os procedimentos. Festeja, pelo contrário, explicações tipo 171 sobre atitudes estranhas, inclusive justificando-as. E um dia a casa, se não cai, está inabitável. Somente reforma profunda poderá, talvez, trazê-la de volta pelo menos ao original. Em vez de demitir, processar e punir os delinquentes, entra no papo de aranha dos trambiqueiros e – pasmem! – os contrata para consertar o que danificaram, pagando ainda a mão de obra e os custos do desastre. Chamá-lo de idiota e imbecil seria o mínimo aceitável, certo? As reformas hoje tão cacarejadas no Brasil cabem nessa “lógica irracional”. Quebraram o país, não pediram ao menos desculpas e seguem, com nosso aval por omissão, faturando alto às nossas custas, adjetivos deprimentes desnecessários. Nós os pusemos lá ou, se contrários, não fizemos a lição de casa direitinho. Nos últimos dez anos não se sabe ao certo quanto foi roubado. No Mensalão, falou-se em 1 bilhão de reais. Igualmente desconhecido é o total da fraude do Petrolão. Suspeita-se que 30 bilhões evaporaram. Sabe-se que toda essa grana está dolarizada em paraísos fiscais. Estão entendendo o dólar chegando aos cinco reais, ou querem que desenhe?

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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