74 bilhões de dólares: é mole? Esse é o valor queimado pelo governo, nos últimos anos, das reservas cambiais devido operações de venda da moeda americana no troca-troca para minimizar a desvalorização do real (SWAP).Assim como todos os sintomas da profunda crise estrutural que ora apenas se inicia, era caçapa cantada desde os inícios de 2010, quando o governo anterior deixou maquiada, para o atual, uma herança realmente maldita, ironias à parte.O limite de gastos do Estado está na capacidade da população pagar seja por suas realizações, seja por seus desastres. Para as primeiras, tem de enfatizar investimentos e, para os segundos, deveria ter reservas, o que nada o diferencia da administração de uma família ou uma empresa bem dirigidas. Tem dinheiro, gasta. Não tem, não gasta, para não ficar devendo ou inadimplente.Somos hoje o país campeão de impostos no mundo: acima de 90 modalidades e subindo. A arrecadação é portentosa, beirando os 2 trilhões de reais em 2014. Por que, então, o desastre? O rombo orçamentário para 2016 não será de apenas 30 bilhões e meio, como quer Brasília: poderá ser o dobro disso, pois a incompetência e má fé que o geraram são as mesmas que persistem.Desconsiderando prováveis fraudes eleitorais eletrônico-publicitárias, para afundar um país basta a metade mais um do eleitorado votar, com as tripas, nos candidatos errados. Certo?
Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.