Ex-tesoureiro, Filippi era “ávido” por dinheiro, diz delator da Lava Jato

 As recentes delações de executivos da Odebrecht seguem repercutindo e com nomes do ABC. Um trecho da delação premiada do executivo Hilberto Mascarenhas aponta para o ex-tesoureiro da campanha de Lula à Presidência em 2006. Segundo o delator, a corrida eleitoral foi uma loucura e José de Filippi Jr, ex-prefeito de Diadema, “estava ávido pelo dinheiro”. PapelCabia a Filippi arrecadar doações para a campanha de Lula. Naquele ano, 2006, o petista concorreu à reeleição e levou a presidência em 2º turno com 46,6 milhões de votos, superando. Geraldo Alckmin (PSDB). Hilberto era o chefe do Setor de Operações Estruturadas, o ‘Departamento de Propinas’ da Odebrecht segundo o delator, Filippi teria participado da compra de um dossiê em 2006 contra José Serra (PSDB) quando era tesoureiro na campanha de Lula. DelaçãoSegundo o delator, em 2006, a área da propina ainda não estava estruturada na empreiteira e o ‘Sistema’, uma espécie de intranet dos funcionários deste departamento, não estava funcionando. Por meio deste software desenvolvido pela Odebrecht, era possível gerenciar a contabilidade paralela. Outro ladoProcurado, José de Filippi disse que, em 2006, se reuniu duas vezes com Pedro Novis e Benedicto Júnior, dois dos ex-executivos da empreiteira que também fecharam acordo de delação, porque eles haviam sido indicados pela Odebrecht para “dialogar sobre doações oficiais à campanha” de Lula naquele ano.